LIÇÕES DE PAINEIRAS

. . Se não estou enganada, foi Goethe quem disse que “viajamos não apenas para chegar, mas para viver enquanto estamos viajando”. Pensei nisso, dia desses, quando a estrada se desdobrava diante dos meus olhos – cada quilômetro vencido, mais próxima do meu destino. Enquanto rolavam distâncias, despretensiosa a paisagem se oferecia em nuances de […]

DIA DA POESIA E UM POEMA DE JUSSARA N REZENDE

. . A poesia é um “sortilégio”, uma “feitiçaria”, diz Théodore de Banville. Impressionado com o fato de, através de uma combinação de sons, ser possível transmitir sensações e ideias sem que as palavras usadas necessariamente as expressem, Banville acaba por aliar o conceito de poesia ao de sortilégio. . . . .   A […]

SOBRE A CHUVA

. . Eu amo chuva! Amo a chuva amena, tranquila, que refresca a terra e o ar e pela qual se espera com ansiedade. Chuva serôdia, como a Bíblia a chama, como meu avô Edson gostava de repetir. Gosto de seu tamborilar na vidraça e de sua “cantilena” nos “beirados”, como a traduziu Florbela Espanca, […]

BRINCADEIRAS COM CABAÇAS

. . Quando eu era menina, meu pai, com um canivete, abria cabaças fazendo um zig zag quase perfeito. Como era algo inteiramente artesanal, uma ou outra parte do zig zag ficava maior, ou menor.  Para fechar de novo a cabaça e usá-la como porta-joias ou porta-trecos – o que era minha intenção quando pedia […]

“ROSA E AZUL” E UM ANO QUE COMEÇA

. . Impossível, para mim, falar em “rosa e azul” sem me lembrar da emoção indescritível de olhar pela primeira vez a tela original do pintor impressionista francês, Auguste Renoir (1841-1919), no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Eu teria que não ser quem sou. Uma citação corriqueira dos tons de uma roupa, ou […]

DORA E DORINDA: DUAS IRMÃS, DOIS AUTORES, DOIS TEMPOS, UM ROMANCE

. . Na noite do último domingo tive a alegria de receber 15 exemplares do recém-lançado Dora e Dorinda, acompanhados de um belo arranjo de lírios cor de laranja (eu amo receber flores!). Embora meu nome figure na capa como co-autora da obra, a maior parte dela é toda do Sr. Abel Faleiro –  poeta […]

“COZINHADINHO” E SUCULENTAS

. Na pré-adolescência brincávamos de “cozinhadinho”.  Era esse mesmo o nome que dávamos à brincadeira de montar um fogãozinho à lenha com alguns tijolos e a armação de ferro em miniatura. Recolhíamos gravetos e ateávamos fogo até que esse se tornava contínuo o bastante para garantir a comidinha que era feita em três panelinhas de […]

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DO NATAL

. Vovô Dito, meu avô materno, era um homem especial. Ele fazia questão de celebrar o Natal e ao seu redor nos reuníamos todos – o sorriso no rosto dele a garantir que a festa seria um sucesso. Vinham os tios e primos que moravam fora… a casa ficava cheia a ponto de o assoalho […]

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