A tela que emoldura meu poema e que aparece em destaque é “A noite estrelada”, do pintor holandês Vincent Willem van Gogh, uma das figuras mais importantes e influentes da arte ocidental.
Embora desenhasse desde criança, foi a partir de sua mudança para Paris, em 1886, e do relacionamento que passou a manter com vanguardistas como Paul Gauguin e Émile Bernard, que se opunham ao sentimentalismo da arte impressionista, que Van Gogh criou nova abordagem para suas paisagens e naturezas-mortas, as quais, pouco a pouco, foram adquirindo cores mais vivas. Após a sua morte, elementos de seu estilo foram incorporados ao expressionismo alemão.
Depois do episódio, em 1888, em que cortou parte de sua orelha esquerda, num acesso de raiva, quando numa briga com lâmina chegava ao fim sua amizade com Gauguin, Van Gogh voluntariamente se internou em um asilo psiquiátrico, sediado em um antigo mosteiro. Em Saint-Paul-de-Mausole, o pintor disponha de um quarto privativo e de uma sala usada para a pintura.
Ali nasceram algumas das principais obras de sua carreira, inclusive “A noite estrelada”, retrato da paisagem avistada da janela de seu quarto no hospício, com o acréscimo de um vilarejo saído da imaginação do artista.
Sem obter sucesso com sua arte durante sua vida, o pintor era tido como um louco. Após seu suicídio, entretanto, em 1890, passou a ser entendido como um gênio incompreendido em cujo espírito digladiavam a loucura e a criatividade. A partir de então suas obras alcançaram enorme sucesso comercial, popular e de crítica.
Van Gogh acreditava em uma vida após a morte e associava essa dimensão ao céu estrelado: Seria tão simples, dizia ele, e compensaria tanto as coisas terríveis da vida, que agora nos assombram e nos ferem, se a vida tivesse ainda outro plano onde o indivíduo chegaria depois de morrer (NAIFEH & SMITH, 2011, p. 858). “A esperança”, cria ele, “está nas estrelas” (NAIFEH & SMITH, 2011, p. 649).
Aqui a tela inteira:
Referências:
NAIFEH, Steven, SMITH, Gregory W. Van Gogh, a vida. Trad. de Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
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O poema “Noite com sol”, de minha autoria, é um intertexto da canção “Noites com sol”, de Flávio Venturini, pois nessa canção tem sua gênese e sua compreensão está a ela atrelada.
De intertextualidade falei aqui, aqui, aqui e aqui.
Beijo&Carinho,
Respostas de 2
Esta leitura sobre Van Gogh até emociona!Ju,fazia tanto que não vinha aqui neste seu cantinho abençoado,fiquei feliz de ter vindo.Espero que esteja bem amada.Deixo um abraço sincero pra vc lindeza!Até mais…. Lili.
Obrigada, Lili, pela visita e pelo comentário. Também estou muito afastada da vida virtual (a vida real tem me solicitado muito). Volte sempre!