“QUANDO” – PEQUENO ESTUDO DO POEMA DE SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

. A reflexão sobre a brevidade da vida humana marca o seguinte poema, publicado em 1947 pela portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen: . . . . A opção da autora pelo tempo verbal que marca o primeiro verso ali mesmo situa o que é dito em um tempo diferente daquele em que se diz.  Todas as considerações tecidas após […]

“CHÁ DAS CINCO”, POEMA DE JUSSARA N REZENDE

. Quando minha bela Ângela ainda um bebê risonho, fiz-lhe uns versos após uma gostosa brincadeira de casinha. Nunca mais os retomei e agora os publico na esperança de que a ingenuidade alegre que os fez nascer compense a falta de maiores recursos técnicos que o ritmo mal e mal marcado. . . . . A verdade é […]

A ESTRUTURA DO HAICAI

  Claro que existem grandes e belas epopeias que, em versos, contam a história de um povo, de uma nação.  Os lusíadas, de Camões, é exemplar: 8816 versos distribuídos em 1102 estrofes de oito versos cada, decassílabos todos eles, a rimarem entre si no esquema de oitava rima em que o primeiro verso rima com […]

POEMA PARA AS MÃES

. . . . . Eu saí de suas entranhas  ela adivinha meus projetos mais secretos: aconselha como se não e espera meus acertos e me ama nos meus erros. Mãe é uma espécie de Deus. . . . Beijo&Carinho, . . . . .

A “LEVEZA” PARA CECÍLIA MEIRELES

. . LEVEZA . .                                                         Leve é o pássaro:                                                         e sua sombra voante,                                                         mais leve. . .                                                         E a cascata aérea                                                         de sua garganta,                                                         mais leve. . .                                                         E o que lembra, ouvindo-se                                                         deslizar seu canto,                                                         mais leve. . .                                                         E o desejo rápido                                                         […]

ORAÇÃO DO MATUTO

. . . . Fátima Irene Pinto . . . Ói Deus, nóis tá sempre pedindo as coisas pro Sinhô. Nóis pede dinhero nóis pede trabaio nóis pede pra chovê e se chove demais nóis pede pra pará mode a coiêita num afetá. Nóis pede amô nóis pede pra casá pede casa pra morá nóis […]

O RITMO DO POEMA

Não, não se engane. Não é por terem os poetas modernistas conquistado o direito de escreverem em versos livres (sem métrica) e brancos (sem rima) que poetar se tornou fácil a ponto de qualquer um virar poeta. Não se iluda: muito do que se encontra por aí recebendo o nome de poesia, poesia não é; […]

A DIFERENÇA NADA SUTIL ENTRE ERÓTICO E PORNOGRÁFICO

. . Segundo a lição de Georges Bataille (1980), há entre os seres “um abismo, uma descontinuidade” em razão de sermos todos diferentes uns dos outros. Gerado num momento de fusão, de completude entre dois seres, o nascimento confere ao novo ser sua marca de diferença, isolamento e descontinuidade (ou incompletude), razão para que ao […]

“O POETA É UM FINGIDOR…” E O EU-LÍRICO, QUEM É?

. . Ao escolher a palavra “fingimento” para expressar a situação vivida pelo poeta – a de revelar sentimentos não necessariamente seus – Fernando Pessoa reivindica para a poesia o mesmo “direito” exercido pela prosa: o de criar personagens. . . . . . . Na prosa, entretanto, as personagens figuram dentro de um enredo […]

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