LEITURA E CULINÁRIA

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Em A menina do fim da rua, de Laird Koenig (livro que li há muitos anos), a dita menina – que vivia sozinha num casarão, apesar de ter apenas 14 anos – faz um belo jantar para receber um amigo. Como ele sabia bem que a amiga não vivia com os pais, nem com parente algum, pergunta como havia aprendido a cozinhar. Ao que ela responde: “Eu sei ler”.
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Hoje, sempre que recebo um elogio por algum prato que fiz, lembro dessa história e acabo brincando ao dizer que não sou uma cozinheira e, sim, uma leitora. Com boas receitas qualquer um pode se sair bem. 
Hoje pela manhã, junto com o café quentinho, comi queijo fresco, como boa mineira que sou. Pensei, nessa hora, em fazer pão de queijo para o lanche da tarde, mas acabei por resolver outra coisa: nem só de pão de queijo vivem os mineiros… A receita que acabei por escolher está na minha família há anos, mas eu a melhorei, o que me garantiu o direito de acrescentar um “à minha moda” ao título. Vou divulgá-la aqui. Não é difícil. E se você é um bom leitor(a)… 😉
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ROSCA EM FLOR À MINHA MODA
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INGREDIENTES
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1 xícara (chá) de leite (de morno para quente)
3 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (sopa) de fermento de padaria
1 colher (sopa) de margarina
2 ovos
3 colheres (sopa) de azeite
5 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de sal
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RECHEIO
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2 colheres (sopa) de margarina
6 colheres (sopa) de açúcar
Canela em pó a gosto
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CALDA
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½ xícara (chá) de mel
1 colher (sopa) de margarina
½ xícara (chá) de açúcar
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MODO DE FAZER
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Misture bem o leite morno, o açúcar, o fermento e ½ xícara (chá) de farinha de trigo. Cubra com filme plástico ou um pano de prato e deixe descansar por 10 minutos, de preferência ao sol, ou sobre o fogão com o forno aquecido, para crescer o fermento.

Depois dos 10 minutos, crescido o fermento, junte a margarina, os ovos, o azeite, a farinha e o sal.

Trabalhe a massa até desgrudar das mãos e ficar uma massa macia. Cubra como no início e deixe dobrar de volume.

Misture, então, os ingredientes do recheio, abra a massa sobre um balcão de pedra (ou uma mesa), espalhe sobre ela o recheio e enrole-a como rocambole.

Finalmente, corte o rocambole em fatias de 2 cm e coloque-as, umas sobre as outras, em uma forma untada, alta, de furo no centro. Tenha o cuidado de reservar as fatias mais bonitas para ficarem por cima.

Misture os ingredientes da calda até que essa fique homogênea. Espalhe sobre a rosca e leve ao forno até dourar.

Com o café das 4, ou o chá das 5, é “bomdimaisdacontasô”, como dizem os mineiros. Isso sem falar no quanto a rosca fica bonita e no prazer que dá saber que saiu das suas mãos:

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Atualização (05.01.2022):
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Sobre o livro de Laird Koenig, foi transformado em filme em 1976, com o título (no original) The little girl who lives down the lane (A menina que vive na estrada). Aqui no Brasil, se não estou enganada, foi traduzido por “A menina do outro lado da rua”.
Apesar das mudanças no título em relação ao nome do livro,  o enredo do filme é bem fiel à obra original e as atuações são muito boas.
Jodie Foster interpreta a personagem principal e já dá mostras, pela atuação, da grande atriz que viria a ser. Aliás, foi pelo seu trabalho em “A menina do outro lado da rua” que Martin Scorsese a convidou para trabalhar em “Taxi Driver”, num papel que lhe renderia o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, colocando-a entre as principais estrelas do cinema norte-americano.
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Beijo&Carinho,
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MAIS PUBLICAÇÕES

Respostas de 15

  1. Amada Poetisa (já que li um artigo brilhante seu em que dispensa o título de poeta, outrora defendido)e Mestra é com grande prazer que voltarei a beber de sua fonte inesgotável de saber. Obrigado pelo presente maravilhoso que é seu blog.
    Sidnei São Pedro

  2. PARABÉNS!!!!!
    Que lindo o seu blog adorei.
    Agora vou adquirir um pouco de cultura com o seu blog.
    E o crochê que lido que está ficando.
    E as receitas de coisas de Minas que chego até sentir o cheiro humm.
    Parabéns,
    bjo,
    Ana

  3. Comi muita rosca enquanto morava com meus pais, mas jamais fizemos em casa, pois meu tinha uma padaria, e essas gostosuras eram feitas lá e trazidas pra casa.

    Jussara, não achei uma maneira de seguir seu blog.

  4. Olá!
    O meu marido gosta muito de uma rosca assim que a mãe dele fazia…a diferença para a sua é que a dela levava pedacinhos bem miudinhos de maçã no recheio.
    Hummmmmmmm até eu fiquei com vontade agora:)
    Um beijo

  5. Oi Jussara!
    Amei o seu blog… Disse pra Angelinha que consigo até sentir o cheiro do que você conta.
    Essa rosca é maravilhosa! A Vó Neuza faz e eu como tudo.
    Beijos, saudades!

    Amanda Gonçalves Campos

  6. Mara, ri muito com esse seu comentário… rsrs
    Até tenho uma ou outra receita tradicional de rosca, mas acredita que nunca fiz? Não tenho como lhe dizer se são ou não boas receitas… Eu gosto é do desafio de experimentar. Mas olha… não há mal nenhum em não saber fazer roscas ou pregar botões… vc tem outros dons que eu não tenho… 😉
    Abraço!

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