MINHAS IMPRESSÕES SOBRE “FERAS E BELAS: CONTOS PERIGOSOS”, DE SOMAN CHAINANI

 

 

CHAINANI, Soman. Feras e Belas: contos perigosos / Soman Chainani; ilustração Júlia Iredale; tradução Lígia Azevedo. – São Paulo: Gutenberg, 2021.

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Ricamente ilustrado, com imagens coloridas e em preto e branco, nesta bela edição da Gutenberg (do grupo Autêntica), o livro de Soman Chainani – um apaixonado por contos de fadas – apresenta uma releitura de doze contos clássicos: “Chapeuzinho Vermelho”, “Branca de Neve”, “A Bela Adormecida”, “Rapunzel”, “João e o pé de feijão”, “João e Maria”, “A Bela e a Fera”, “Barba-Azul”, “Cinderela”, “A Pequena Sereia”, “Rumpelstichen” e “Peter Pan”.

 

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Embora mantenha conexões com as obras originais, distancia-se delas ao sugerir uma nova maneira de enxergar o mundo, funcionando como um espelho que reflete novos valores sociais, ainda que a atmosfera dos contos envolva o leitor num espaço-tempo nebuloso e distante. São contos carregados de mistério, magia e terror, nos quais as personagens surpreendem por sua rebeldia e pelo modo com que enfrentam o perigo.
Confesso que gostei mais do clima de mistério e terror que o autor conseguiu criar do que das histórias propriamente ditas e seus finais alternativos. O mundo anda tão cheio de feminismo e rebeldia, por exemplo, que acho desnecessário casar esses conceitos aos contos de fadas, muito embora isso venha sendo feito, até sistematicamente, no mundo contemporâneo.
Apreciei muito as ilustrações, que ajudam a compor o ambiente de magia que envolve as contações de histórias.

 

 

 

Nós nos acostumamos, com o tempo, a ler livros sem gravuras, mas é sempre um deleite quando as obras as oferecem.
Trata-se de uma brochura, mas nota-se em toda ela o cuidado com sua apresentação. Essa edição, inclusive, traz brindes, como um pequeno pôster e um marcador exclusivos. Apesar disso, há alguns erros de grafia que incomodam a leitura e, em um ou dois casos, podem até dificultá-la. Uma revisão mais acurada teria resolvido isso.

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O AUTOR

 

Soman Chainani

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Soman Chainani é fascinado por contos de fadas. Cresceu lendo essas histórias e assistindo às animações da Disney. Quando fez sua graduação em Harvard, praticamente criou uma matéria para si mesmo sobre esse assunto e escreveu uma tese sobre a razão pela qual os vilões são tão irresistíveis.

Roteirista aclamado, é mestre em Cinema (Direção) pela Columbia University e foi ganhador do prêmio máximo da instituição, o FMI Fellowship. Seus filmes já foram exibidos em mais de 150 festivais ao redor do mundo, tendo ganhado cerca de 30 prêmios de júri e público. Suas premiações como autor incluem o Big Bear Lake, o New Draft, o CAPE Foundation, o Sun Valle Writers’ Conference e o cobiçado Shasha Grant, concedido por um júri internacional de executivos de cinema.

Quando não está escrevendo histórias ou lecionando em Nova York, Soman é um jogador de tênis habilidoso e difícil de vencer.

(Texto da orelha do livro)

 

 

Beijo&Carinho,

 

 

 

Obs.: Se chamou sua atenção o fato de eu ter grafado histórias e não estórias, referindo-me a contos de fadas, “dê um Google” sobre o assunto ou deixe um comentário me pedindo uma postagem a respeito.  Obrigada!

 

 

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Respostas de 5

    1. Que gentil, Ricardo, em se preocupar. De fato, ando ausente e não só daqui. Faço um tratamento de saúde e a medicação é muito forte. A maior parte do tempo estou sonolenta e sem vontade de nada. Mas vez por outra apareço. Muito obrigada!

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