“SE DEUS ME DEVOLVE A POESIA” – POEMA DE JUSSARA N REZENDE

“SE DEUS ME DEVOLVE A POESIA” – POEMA DE JUSSARA N REZENDE

 

 

Adélia Prado escreveu: “De vez em quando Deus me tira a poesia. Olho pedra, vejo pedra mesmo”. 

Pensando, então, no quanto faz falta  a poesia para embelezar os dias e no quanto ela, às vezes, realmente nos foge, escrevi sobre o momento do reencontro com ela, vencido o vazio da página em branco  o momento em que Deus devolve ao poeta a poesia:

 

 

 

 

SE DEUS ME DEVOLVE A POESIA

 

 

Se Deus me devolve a poesia

a primavera se faz em verso e tempo.

A poesia é saúde pros meus ossos

como setembro pro ano,

como Deus pro meu pensamento.

 

 

 

Beijo&Carinho,

 

 

 

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6 thoughts on ““SE DEUS ME DEVOLVE A POESIA” – POEMA DE JUSSARA N REZENDE”

  • Não tive como não lembrar do Drummond: “Gastei uma hora pensando um verso / que a pena não quer escrever”.
    São curiosos mesmo esses momentos de “folha em branco” nos quais a poesia realmente nos foge.
    Os dois anos que passei sem escrever nada, mesmo que informalmente (2018,2019) desde 2005, foram anos em que
    me afoguei nos problemas e é como se tivesse me desconectado de mim mesma e das coisas que me inspiram.
    Fico pensando se foi esse mesmo o motivo…
    Porém, como realmente faz falta, como você disse bem, há um reencontro com ela como se Deus realmente
    nos tivesse devolvido. E é sempre um reencontro feliz porque supera uma angústia – parecida com a angústia
    de quando a gente se pergunta se ainda é capaz de amar de novo – e nos devolve uma parte de nós.
    É quase como abraçar alguém que queríamos muito ver…
    E como bem escreveu Drummond, nunca duvide, Jussara: ele (o verso) sempre está “cá dentro, inquieto, vivo”.

    Beijos e um forte abraço, Jussara!
    Vanessa Rodrigues.

    • Parece mesmo que passamos pela mesma situação, Vanessa. Identifico-me com o que você diz sobre afogar-se nos problemas como se tivesse se desconectado de si mesma e das coisas que lhe inspiram. Bem assim!
      Obrigada por me lembrar do recado de Drummond: sobre o verso estar “cá dentro, inquieto, vivo”. Abraço!

    • Obrigada, Roberto! Não discordo de você, mas eu queria fazer referência à Adélia Prado e não encontrei, na altura, outro meio…

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