“A GAROTA DE PAPEL”: IMPRESSÕES SOBRE O ROMANCE

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A garota de papel conta a história de Tom Boyd, o escritor do momento. Os dois primeiros livros de sua Trilogia dos anjos já venderam milhões de exemplares e colecionam fãs no mundo inteiro. Mas, ao perder seu grande amor, Tom cai em profunda crise criativa e se sente incapaz de escrever uma única linha do esperado último livro da trilogia, recorrendo à bebida e às drogas para aliviar sua dor.
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A garota de papel, de Guillaume Musso. Trad. de André Telles. Campinas: Verus, 2012.
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Certa noite, uma misteriosa mulher aparece em sua casa e afirma ser Billie, personagem de seus romances, caída da página do livro para o mundo real por um erro de impressão no segundo volume da trilogia. Se Tom não voltar a escrever, ela morrerá. Juntos eles saem em uma fabulosa jornada ao longo das costas californiana e mexicana para tentar recuperar o amor perdido de Tom e, assim, sua inspiração. O que ele nem desconfia, porém, é que o destino é caprichoso e talvez as coisas não sejam como ele imagina…
A garota de papel é uma história de amor e suspense que transcende a ficção, uma aventura romântica e bem-humorada que se desenrola no encontro entre o real, o imaginário e o fantástico.
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(Texto da contracapa do livro)
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Capa da edição francesa
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Capa da edição em inglês
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O texto acima fisgou você? A mim também. Gosto muito de metalinguagem e sempre me encanta a possibilidade de ler um livro que envolva os processos de escrita e publicação, construção de personagens e a relação entre o mundo real e o imaginário.
O livro mesmo, entretanto, só conseguiu fisgar-me do meio para o fim. Não gosto muito de diálogos diretos e esses me pareceram muito forçados na primeira metade da obra, duros, pouco reais. Minha teimosia em ler A garota de papel, contudo, mesmo quando a leitura me pareceu lenta e aborrecida, foi recompensada pela metade final da obra em que os acontecimentos se precipitam num suspense interessante e fantasia e realidade se fundem de uma maneira muito bem urdida. Gostei. Mesmo os diálogos, depois das primeiras cento e cinquenta páginas, se suavizam e se tornam mais convincentes. Cheguei a pensar que o autor (ou o tradutor) acabou dominando com mais facilidade o próprio texto depois de familiarizado com as personagens e suas falas, mas é possível que eu mesma estivesse ainda impregnada por alguma leitura anterior e tenha demorado a me deixar envolver pelo texto de Musso.
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Guilhaume Musso por Emanuele Scorcelletti
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Guilhaume Musso nasceu em 1974 em Antibes, na França. Apaixonado por literatura desde criança, quando passava as férias na biblioteca dirigida pela mãe, começou a escrever na adolescência. Formou-se em economia e foi professor universitário. Hoje é o autor mais vendido na França, traduzido no mundo inteiro e adaptado para o cinema. Seus textos, de linguagem acessível, combinam intensidade, suspense e romance.
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Para saber mais sobre o autor, acesse
www.guillaumemusso.com

 

 

 

Beijo&Carinho,
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MAIS PUBLICAÇÕES

Respostas de 12

  1. A sinopse me pareceu realmente bem interessante.
    Confesso que se tivesse para a leitura nela, no dia seguinte, ia na livraria pra comprar o livro, rsrsrsr.
    Mas ao ler sua opinião, desanimei.
    Ter que encarar 150 páginas de uma leitura monótona e morna, é uma atividade ingrata, para uma leitora como eu, ávida por histórias com movimento e intensidade.
    Bjs.:
    Sil

    1. Silvana,
      outro leitor talvez não considerasse monótona a leitura da primeira parte, mas como achei os diálogos muito forçados naquela altura, não consegui me sentir fisgada pelo texto até sentir naturalidade na escrita e os próprios acontecimentos – iniciados na primeira metade da obra – se precipitarem num agradável suspense final.
      Se o livro lhe cair nas mãos, leia, sim 😉
      Abraço!

  2. Oi Jussara.

    Minha meta nesse semestre é: não comprar nenhum livro. Pois tenho que dar conta de ler os que estão pela metade e mais as coisas da faculdade.

    Mas ao ver ao ver o texto da contracapa do livro e o texto que você escreveu, veio uma vontade grande de adquiri-lo.

    Também gosto de escritos assim, que misturam o real e o imaginário. E durante minhas leituras tem horas que viajo e não se se estou no real ou no imaginário. Entende?

    Eu não conhecia esse (lindo) autor.

    Bjo pra você.

    Ana Virgínia

  3. Oi, Ju,

    Fiquei com vontade de ler este livro, a estória deve ser muito interessante.
    Vou confessar uma coisa: não me importo muito com estórias monótonas, desde que perceba que o autor guarda algum trunfo, rsrs. Não fosse assim não teria lido Proust, rsrs.

    Um beijo, bom finzinho de domingo e ótima semana!

  4. Ei, Jussara!
    Que surpresa boa a sua visita ao jeitomineirodeser.blogspot.com ! Esta metideza de me aventurar a escrever, na net, tem me rendido agradabilidades como esta de conhecer você! Seja bem-vinda, está sempre convidada para um cafezinho com pão de queijo, viu?
    Já passeei por aqui, me senti em casa e já me instalei lá nos seguidores… Bons textos, nessa época de tantos assassinatos ortográficos e gramaticais,são sempre uma delícia para a alma. Bom demais conhecer você e o Minas de Mim.
    Um abraço!
    Egléa

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