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MINAS DE MIM (2001) – Poesia
Apesar do desenho da capa e da explícita referência ao estado natal da escritora, presente no título deste livro, engana-se quem pensa que os poemas deste Minas de mim tratam apenas das coisas de Minas Gerais. Os poemas passeiam por terras e estrelas onde as expectativas do eu-lírico diante da vida, do amor e da própria palavra (re)velam minas interiores do ser: pedras preciosas e explosivos a disputarem espaço no ser e na poesia.
Obra citada pela escritora Nelly Novaes Coelho em seu Dicionário crítico de escritoras brasileiras, no qual o nome Jussara Neves Rezende é um dos verbetes.
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BREVE LUA (2015) – Poesia
Segundo livro de poesias de Jussara Neves Rezende, além de reunir breves poemas sobre a Lua – que ora figura como pano de fundo, ora como personagem principal desses versos – traz ilustrações da própria autora ao longo de toda a obra.
A brevidade de fato é uma característica dos poemas deste livro, mas a ela se acrescentam a leveza e a sonoridade dos versos que encantam leitores de todas as idades, ainda que a Breve lua possa ser entendida como metáfora da existência e a brevidade dos versos seja disso apenas um reflexo.
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FLORBELA SOB NOVO OLHAR (2014) – Crítica Literária
Obra de referência para os estudos sobre a poética de Florbela Espanca, Florbela sob novo olhar analisa mais de uma vintena de sonetos da poetisa portuguesa a fim de demonstrar a modernidade de seus versos ligada não apenas à sua revolucionária postura como mulher, mas à criação que empreendeu, em versos, de máscaras e retratos de si mesma. Tais artifícios distanciam a poetisa do romantismo tardio que lhe atribuem e, simultaneamente, a identificam como perfeitamente integrada ao espírito das vanguardas e movimentos europeus que culminaram, em Portugal, com a publicação da revista Orpheu.
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TEMPO, ESPAÇO E SIMBOLOGIA – ESTUDO DAS IMAGENS POÉTICAS DE CECÍLIA MEIRELES E SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN (2017) – Crítica Literária
Numa mesma época, marcada por reflexões filosóficas sobre o tempo e suas relações com o espaço, Cecília Meireles e Sophia de Mello Breyner Andresen entregaram ao mundo os seus primeiros escritos poéticos, nos quais revelam que essas mesmas reflexões não se distanciam da poesia. Ao contrário, num espaço-tempo caracterizado pela transitoriedade das coisas, a poesia se apresenta como forma de equilíbrio em meio à passagem, evitando a total dispersão do ser. Este livro focaliza as formas que espaço e tempo assumem na poesia de ambas as escritoras, investigando a possibilidade de essas imagens servirem à revelação na experiência humana no tempo e no espaço.
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DORA E DORINDA (2011) – Romance
Escrito em co-autoria com Abel Faleiro, o romance tem início no final de 1948, quando Dora, com 18 anos, volta a Belo Horizonte, recém-saída de um colégio interno. O encontro com a irmã Dorinda, um pouco mais velha e bem mais sofisticada, seu encantamento por Oswaldo, a amizade com Henrique e Rogério e a nova condição social dos pais – que agora frequentam salões de festa e têm dinheiro para comprar mansões – desequilibram o mundo pequeno e organizado de Dora que, perdida entre seus pincéis e desenhos, é arrastada pelo ritmo da vida social intensa da irmã fútil e interesseira.
Quando a relação das duas é ameaçada pela paixão por um mesmo homem, a narrativa é suspensa e retomada sob a perspectiva do herdeiro dessa família, de seus amores e do próprio romance datilografado, encontrado num porão.
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