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A autora é jovem é bonita, mas seu envolvimento com as artes em geral e a qualidade de seu texto, em particular, atestam que seus dotes vão além da beleza e juventude. Refiro-me a Carey Wallace, escritora americana criada em pequenas cidades do Michigan, cujo trabalho incansável já movimentou Detroit e New York. Ela é uma das fundadoras do Movimento Internacional de Arte que ajuda artistas emergentes, já dirigiu galerias de arte em New York e fundou também um retiro anual de artes, “The Underground Hillbilly”, que atrai cineastas reconhecidos, escritores, artistas plásticos e músicos para a área rural de Michigan em todos os verões. Ela vive e trabalha no Brooklyn e pelo que pude perceber pela obra A condessa cega e a máquina de escrever, publicado no Brasil pela Rocco, tem um longo e belo caminho a percorrer como escritora.
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Nesse romance, Carey Wallace manipula com maestria elementos de ficção e realidade a fim de compor as principais personagens: o inventor italiano Pellegrino Turri e sua amiga cega, a condessa Carolina Fantoni.
Em 1808, Pellegrino Turri teria criado a máquina de escrever para que Carolina pudesse escrever cartas sem o auxílio de outra pessoa. Utilizo intencionalmente o verbo ter no futuro do pretérito (e em itálico) para indicar a controversa história da criação da máquina. Já existiria, segundo consta, um primitivo dispositivo de escrever mecanicamente, cuja invenção é atribuída ao inglês Henri Mill, em 1714, mas é fato que o italiano Turri criou o sistema de teclado até então inexistente. A condessa cega também existiu, mas o modo como se conheceram e como se fundem as invencionices de Turri e a imaginação infantil de Carolina são criados pela habilidosa arte escrita de Carey Wallace.
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WALLACE, Carey. A condessa cega e a máquina de escrever: uma história da Itália do século XIX. Trad. de Geni Hirata. Rio de Janeiro: Rocco, 2011, 256p.
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A história se passa na Itália, em princípios do século XIX, quando Carolina, aos dezoito anos, percebe que está perdendo a visão periférica. Ela tenta contar aos pais e a Pietro, seu noivo, mas ninguém a leva a sério, atribuindo à empolgação da jovem com o casamento as nuvens que começam a lhe toldar a visão. Somente Turri – a quem conhece desde a infância e com quem costuma conversar no lago que aos sete anos recebera do pai como presente – entende a gravidade da situação e acaba por presenteá-la com a máquina de escrever.
Turri é dez anos mais velho que Carolina, mas a imaginação de ambos une-os de uma maneira que ninguém pode entender. Em nome das conveniências o casal Fantoni tenta afastá-los, pois a jovem está noiva e Pellegrino Turri é casado – e pai. Entretanto, mesmo com a visão praticamente tomada pelas sombras, Carolina ainda consegue chegar a seu lago em busca da companhia do amigo.
É, pois, de uma envolvente trama de amor e amizade que se trata o belo romance de Carey Wallace que consegue enlaçar os leitores nos meandros mágicos de sua escrita delicada na mesma medida em que se enlaçam, na obra, cegueira e afeto.
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Beijo&Carinho,
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Crédito da imagem em destaque, aqui.
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Respostas de 21
Olá1
Tudo bem?
Já escrevi o nome do livro na minha lista dos desejos, lá no caderninho azul.
Grande abraço
Minha amiga eu estou aqui fascinada com a apresentação e já com uma vontade incontrolável de me aprofundar no livro!
Querida hoje te convido para um café/ou um chá com um bolo quietinho para comemorarmos 365 dias do Pequena Aprendiz!
Bejinhos carregado de gratidão.
Lorena Viana
Olá Jussara!
Estou aqui me atualizando e me deliciando com seus posts!
Fiquei com vontade de ler o livro… gosto de histórias assim que misturam ficção e realidade!
Beijo e ótima quarta feira!
Uaauu… parece muito interessante mesmo!
Fiquei imaginando o final. Vai entrar pra minha wishlist, com certeza!
Valeu pela dica!
Bjs
Ju, olha isso que absurdo! Lembrei de vc! Bjinhos, flor!
http://www.youtube.com/watch?v=dGulSHurwWY
Oi Jussara, obrigada pelo carinho flor, amei a resenha, fiquei com imensa vontade de ler o livro, arrasou na apresentação, já anotei como dica de leitura, votos de um feriado maravilhoso e de excelente final de semana. bjos!
Oii Jussara, eu me interessei sim, só da ambientação ser na Itália,meus olhinhos já brilharam rsrs, vou anotar a dica, e a escritora é uma jovem linda, não conhecia! Valeu! Aproveite bastante o feriado! bjoooss
Jussara
Estou rastreando todos os amigos que me visitaram para inserir o link no meu blog, sem o qual não consigo lembrar.
Este é um dos que acho maravilhoso.
Volto para ver as postagens com o carinho que merece.
Beijos.
Depois de ler esta apresentação, deu uma vontade de ler este livro….Tenho uma listinha de livros para comprar, com certeza, vou acrescentar este.
Beijo e feliz feriado, Jussara.
Isabel Ramalho
Oi Jussara. Seu texto faz a gente ter vontade de sair correndo para a primeira livraria. Muito bom! Amiga vim avisar que seu quarto está no post de hoje do meu blog. Lindo FDS! Bjaum!
Oi Jussara, é a Vi, se sua intenção era despertar minha curiosidade, você conseguiu..
E ai ela chutou o noivo,que pelo visto era mais cego que ela?
Ela era apaixonada pelo amigo, ou era só amizade mesmo?
Tá bom, vou ver se acho o livro para ler..kkk
Amei sua sugestão.
Beijos,Vi
Conseguiu! Me deixou curiosa e entusiasmada, vou colocar na listinha dos que preciso ler,rsrs…
Bjs,Ana
Jussara!!!
Tô de volta! rsrsrsr
Pois é, esse negócio de mudança é muito ruim.
Nos primeiros dias sua vida fica de cabeça pra baixo, mulher! rsrsrrs
Mas agora as coisas estão mais tranquilas, graças a Deus!!! x)
Um ótimo final de semana pra tu!
:***
Jussara
Me instigou a procurar o livro.Vou anotar para não esquecer.
Um lindo domingo para você
Bjs
Querida Jussara!
Bom demais chegar até aqui e encontrar esta tua bela sugestão de leitura!O título é mesmo curioso e inusitado,mas com certeza,nos traz uma estória de rara beleza, rica em ternura e sentimento,onde as possibilides históricas se misturam à doce maestria desta jovem escritora…Parece mesmo ser um daqueles amados livros, para se ler e não mais se esquecer… Deve dar um belíssimo filme!
Obrigada,amiga,por mais uma vez compartilhar estas tuas belas impressões,que nos levam sempre à caminhos floridos…
Uma semana tranquila e com doces inspirações pra você!Beijo grande!!!!
Teresa
Ju queridona, passando para desejar uma linda semana!
Como se foi de feriado?
Beijinho de saudade.
Lorena Viana
Oi Jussara, gosto de vir aqui não sei pq eu não estou recebendo suas atualizações no meu e-mail!! Amiga depois vc poderia me falar em qual post esta aquele texto que fala sobre Amor, escrito por ti, pois quero fazer a postagem la no blog que vc me autorizou.
Beijinho
Gélia
Oi Jussara
Gostei das indicações de leitura.
Um abraço.
filhadejose.blogspot.com
Ana Virgínia
Bom dia Jussara,
Fiquei com vontade de ler esse livro.
Sou apaixonada por bons romances e parece que combinam com esse tempinho fresco de chuva.
Um abraço,
Geisa
Jussa, durante muitos anos usei a tal máquina de escrever. Quando era adolescente, tive que fazer um curso de datilografia para poder arrumar emprego. Era uma exigência básica. Hoje o teclado da máquina recebeu o apelido de "teclado qwerty" e é utilizado em pc's, celulares e outros q tais. Porém, nos dias atuais, é difícil encontrar quem domine a técnica de datilografar como antigamente. E eu sou uma dessas pessoas afortunadas que, se não usam todos os dedos no teclado, pelos menos os que uso dão a destreza de datilografar (hoje, digitar) tão rápido que chego a arrancar exclamações de meus colegas de trabalho mais novos. Enfim, não cato milho, como se costuma dizer. Mas, o enredo do livro me parece fascinante, não só pelo resgate deste ícone (máquina de escrever)como também pela singeleza, sem contar a inserção histórica que nos permite conhecer como foi a concepção deste invento que mudou os rumos da humanidade.